ENCONTREI STEPHEN FRY E ELE NÃO ESTAVA NADA BEM.
Há tempos esbarro na seguinte pergunta: por onde andará Stephen Fry? Frase estranha, nome desconhecido, mas que ganhou o mundo ao tornar-se título do segundo cd do meu querido Baleiro. Zeca deu este nome a uma música, após ler uma notícia no jornal sobre um ator inglês que após estrear uma peça de teatro, simplesmente desapareceu por conta própria sem dar notícia. Rendeu uma notinha no jornal e uma bela canção. Ponto. Até que no último final de semana, perco o sono na madrugada de sábado e vou assistir ao GNT. Eis que surge radiante e belo Stephen Fry, contando sua tragetória e luta contra a psicose maníaco-depressiva. Meu Deus! Que porrada no estômago foi aquilo. O programa era uma imersão na bipolaridade e sentí-me invadida: era de mim que eles falavam. Era dos meus sentimentos, minhas angústias. Em meio a Litium, Rivotril e um desfile de fórmulas químicas e clínicas psiquiátricas, eu via um homem negando e recusando o seu diagnóstico e com isso, afundando cada vez mais numa areia movediça melancólica. Até que a seguinte frase me acordou de um "transe" quase que hipnótico: "O que o meu rosto diz não é o mesmo que minha alma. Minha boca satisfaz a minha cabeça e sorrí. Minha alma é triste." Me dei conta que estava em prantos. Desliguei a tv e fui lamber as feridas, antes abertas... agora, expostas.
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