MENINAS BOAS VÃO PARA O CÉU. AS MÁS, VÃO PARA QUALQUER LUGAR!

Já faz tempo que penso sobre como a dualidade faz o ser humano SER humano. A idéia maniqueísta de que temos que ser totalmente bons ou totalmente maus é idiota e falsa. Há um fascínio na busca desse equilíbrio que faz com que cada um busque sua força para alcançá-lo. A linha tênue que separa o topo, do abismo é algo que gera um prazer que vale sacrifícios? Talvez sim, talvez não. Acho que nem queria ter esta resposta, pois acho que estaria pronta para morrer. O desafio nos impulsiona.

Vivemos num mundo do espelho, do reflexo, do contrário, do avesso. Nos vemos como somos vistos. Esquecemos que refletimos de forma contrária. Já perceberam que detestamos ouvir a própria voz? Porque não nos ouvimos daquela forma. Representamos para nós mesmos. Vivemos numa realidade onde a vida imita a arte, a arte imita os nossos desejos que imita a idéia de uma criação que se inspirou em qualquer coisa e assim todo mundo imita tudo. Quem somos nós para julgar bandidos e mocinhos, se cada um de nós tem sua face oculta? Descobriram que os bruxos são mais legais que as fadas e transformaram uma escola de bruxaria em campeã de bilheteria. Por que? O mal é mais interessante? Óbvio que não. Porque não há hipocrisia que separe bruxos de fadas. Afinal, eles não fazem as mesmas coisas? O livre arbítrio taí, para fazermos nossas escolhas. Jack Sparrow fez certo: não quis ser corsário para dividir com um governo corrupto o que tanto custou a ganhar. Isso o transforma em bandido? Não a meu ver. Bandido pra mim não bebe rum, não se defende com espada e nem anda no Pérola Negra. Enfim, ainda bem que não tenho a resposta para minhas indagações e espero não tê-las tão cedo. Quero continuar admirando o Holandês voador e tantos outros navios, longe de reis e dirigentes que só querem.... só querem!

(Na foto Sra. Jack Sparrow e Sra. Dave Jones em

momento de alegria e descontração total!)