No apagar das luzes de 2008

Caramba, o ano acabou. Final de dezembro, natal batendo na porta, as ruas lotadas de gente ensandecidas pelas ofertas que multiplicam-se nas vitrines das lojas. Cabe a pergunta: cadê a crise? Que mané crise o quêeee, quem pensa nisso quando se trata de fazer as pessoas que se ama um pouco mais felizes? Ou mesmo, de fazer um agrado a nós mesmos que não tivemos tempo para olhar o quanto esquecemos da pessoa que somos, durante o ano inteiro. Por isso não vimos o ano passar, não vimos a banda passar e achamos que o tempo está acelerado demais.

O acelerador está sob nossos pés e nos esquecemos de administrá-lo melhor. Pisamos tão fundo que dezembro chegou e nem nos lembramos de como foi abril, agosto, do que fizemos quinze dias atrás. Estamos deixando de prestar atenção nas estações do ano, nos sabores e cheiros das festividades de cada mês, nas pessoas que são tão caras para nós. É bom refletir e tentar mudar pelo menos um pouco, ou aos poucos como queiram. Este ano deixei o cotidiano tomar conta de mim e fui atropelada por 2008. Sei bem o preço que estou pagando por isso. Saúde física e mental por um fio. Não vale a pena. Quero voltar a ver meu outono e voltar a dizer a quem é de direito o quanto são importantes na minha vida. Ainda que no apagar das luzes desse ano . deu tempo para uma reflexão. Sentei para escrever e estou me sentindo melhor. Ops! Será isso um pouco do espírito de natal?