Mais do que um grito: um urro!
Acho que envelhecí 100 anos esta semana. Quanta coisa, meu Deus! A cada dia me reinvento, me reconstruo. Assim tem sido há tempos e hoje, mais consciente do que me acontece, espero pelo dia em que tudo acabará. São tortuosos os caminhos da mente humana e perigosas as ciladas a que somos impelidos a cair. Tive os chips de lucidez modificados para que o sentimento de tormenta passe logo. O corpo fala, grita, berra. Como se a natureza dele e da mente fossem adversários num campo de batalha. Uma guerra onde não há vencedores nem vencidos mas que precisa ter pelo menos um sobrevivente: eu!
"Passeava com dois amigos ao pôr-do-sol – o céu ficou de súbito vermelho-sangue – eu parei, exausto, e inclinei-me sobre a mureta– havia sangue e línguas de fogo sobre o azul escuro do fjord e sobre a cidade – os meus amigos continuaram, mas eu fiquei ali a tremer de ansiedade – e senti o grito infinito da Natureza."
(Extraído do diário de Edward Munch, autor da tela "O Grito" - 1893)
(Extraído do diário de Edward Munch, autor da tela "O Grito" - 1893)
Nas guerras não existem vencedores e vencidos, existem sobreviventes com suas marcas e cicatrizes, e com certeza você sempre sobreviverá, não importa o tempo, o importante é acreditar.
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