Magic Les Français ont été ici
Dia 20 de junho, manhã perfeita. De repente um hiato no tempo/espaço fez parecer , mesmo que por um curtíssimo período do dia, que o mundo era bom. Havia magia no ar, encantamento, leveza. As pessoas sorriam entre si diferentemente do que acontece no cotidiano. Não Passavam umas pelas outras como espectros invisíveis na multidão movidos pelo imediatismo do dia-a-dia para chegar sempre a destinos de horas marcadas, escravos de compromissos cobrados pelos relógios/algozes. Não naquela manhã. Alí não cabia nada parecido, isso tudo estava distante. Não havia pressa alguma para mim e por isso quis imaginar que não havia pressa para ninguém. Aquela manhã estava "cinema Tim Burton", com seus stop motions, clima noir e um tom diferente em tudo. Parecia também que Marcel Marceau entraria a qualquer momento no meio da apresentação e faria suas mímicas geniais. A percepção de todos estava em sintonia, deixando uma energia única invadir ruas, pessoas e tudo que se permitisse elevar àquela dimensão. Era BH-Paris numa fusão inebriante. A música, a dança, o teatro, o riso, os aplausos e o frio emoldurados pelo céu azul criaram a trilha perfeita para o sentimento forte de estar em nenhum lugar e em todos ao mesmo tempo. Foi fantástico, foi real e eu estava lá. Enxergar a vida além daquilo que os olhos vêem é o máximo. Lá, naquela manhã, todos fomos Amèlie Poulain. Naquela manhã eu fui feliz.
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