Formato Mínimo

Como é difícil entender as pessoas. Melhor dizendo, como é difícil aceitar as pessoas com todas as suas imperfeições, fragilidades, com sua humanidade. Os conflitos interiores a que somos colocados à prova o tempo todo como numa relação trabalho ou família ou casal: discutir ou calar-se? Conversar ou achar a resposta sozinho? Não há precisão na vida, como dizia o poeta. (Navegar é preciso. Viver não é preciso) E é complicado deparar-se com a idéia de que quando nos conscientizamos da relatividade do que acreditávamos ser tão seguros, ficamos frágeis. Queremos ter o controle de tudo: de nosso futuro, das reações dos que nos cercam, que sejamos correspondidos em nossas expectativas e que tudo saia como planejamos. Frustrante. Certa vez disseram-me que isso era considerado uma espécie de "complexo de Deus". Será? Sei que por mais que os anos passem, por mais que a tecnologia avance, que as máquinas dominem os espaços em que o homem faz trabalhos de máquinas, a cabeça complicada e imperfeita do ser humano jamais será entendida pelo outro. Aceita? Provavelmente. Percebida? Pra mim é o ideal. Percepção infelizmente ainda é para poucos, pois as pessoas precisam estar abertas para isso. Quem não baixa a guarda não abre os sentidos. Muito menos o sexto.

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