O funeral de Vincent
Hoje acordei visualizando uma imagem que há tempos montei em minha cabeça após ler um texto. Ainda estava naquele estágio em que o sonho vai dando espaço à realidade e os sons e as formas do real começam a invadir e a mesclar dentro de nossa cabeça. Eu estava num quarto todo luminado pelo sol com uma luz muito amarela. Comecei a chorar, sentindo uma tristeza, uma melancolia profunda. No sonho eu estava em Arles, França, no velório de Van Gogh, mas na realidade a depressão tomava conta de mim. O sentimento era real, físico e atrelado aquele cenário, carimbaram minha passagem para os chips de lucidez. Despertei finalmente com o coração apertado, ainda lembrando-me da cena e do quanto estava triste. A morte de Van Gogh simbolizou, naquele momento, mais um round na batalha pela sanidade. Hoje, o dia ficou cinza, e eu, de corpo e alma de luto.
Segue o texto que um amigo de muito tempo de Vincent, o              pintor Emile Bernard, escreveu acerca do funeral em detalhe a              Gustave-Albert Aurier:
"O ataúde já estava fechado. Cheguei muito tarde              para ver de novo o homem que me deixou quatro anos atrás              tão cheio de expectativas de todo tipo...            
Nas paredes da casa onde descansava seu corpo, seus últimos quadros formavam  uma espécie de auréola, e              o brilho do gênio que irradiava deles fez sua morte ainda mais dolorosa              para nós os artistas que estavam ali. O ataúde foi coberto com uma simples              toalha branca e rodeada com ramos de flores, os girassóis que ele              amava tanto, dálias amarelas, flores amarelas por toda parte. Era, recordei, sua              cor preferida, o símbolo da luz que ele sonhou, de estar nos corações de todos assim como              nas obras de arte.             
Perto dele, também no chão frente ao ataúde, estava seu              cavalete, sua cadeira dobrável e seus pincéis.             
Chegou muita gente, principalmente artistas,              entre os quais reconheci Lucien Pissarro e Lauzet.              Não conhecia os demais; também alguma gente do lugar que o              havia conhecido um pouco, visto uma vez ou outra e que lhe              tinham apreço porque ele era tão bom de coração, tão              humano. . ."



eu acahava q van gogh fosse louco... enfim, ele era meio louco mesmo, mas qt a pintar, naum sabia q ele sabia o q estava fazendo até ver num documentário q ele pintou esse quarto quatro vezes e sempre da mesma forma... era exatamente o q ele queria fazer, ou talvez, a unica maneira como ele enxergava o próprio quarto...
ResponderExcluirbjo
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