And the winner is...

Ontem foi o dia esperadíssimo pelos aficcionados por cinema. A noite de premiação do Oscar, diretamente do Teatro Kodak, em Los Angeles. Tudo ocorreu conforme o esperado, ou melhor, quase tudo. O prêmio de melhor filme que já estava nas mãos de Avatar foi "tirado", para espanto geral  mais do público do que da crítica, e entregue à diretora e produtora de Guerra ao Terror. Muitos irão dizer que era muita tecnologia, contra um baixo orçamento e que isso explica tudo, etc... Mas dessa vez não foi o caso. Baixo orçamento rendeu Oscar ao brilhante "Preciosa" e o que estava em xeque era o bom senso dos 6.000 membros votantes da Academy Awards. Pergunto-me se Hollywood quis se redimir do excesso de prêmios concedidos ao faraônico Titanic e por isso agora decidiu "penalisar" James Cameron? Ou será que foi um Oscar político, por se tratar de um tema que mexe numa ferida que a América mantém aberta e a Academia quis se mostrar engajada? Repararam que as mensagens dos dois filmes são antagônicas? Quem assistiu aos dois  filmes, independente de gostar ou não de cada  gênero há de convir: existe muito mais complexidade em Avatar. Quais os pré-requisitos para um bom filme? Boa história, boa forma de contá-la, trama envolvente, desfecho não óbvio e que te faça sentir as emoções que o diretor se propôs a passar tudo no seu tempo certo. Voilá. Se colocarmos os dez títulos que concorreram na categoria de melhor filme e fizermos a análise seguindo estes pontos, Guerra ao Terror ficaria em último lugar ou até mesmo, fora da lista. Não que o filme não seja um bom filme. Mas a diretora perdeu o timing  nos cortes de edição, deixando as cenas de tensão enfadonhas, e encerrou o filme na hora errada. Isso fez TODA a diferença.  Com isso ela mudou todo um contexto transformando um enfoque sobre a guerra até então muito interessante e diferenciado num drama quase banal.

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