Mundo chato, chato mundo.
O mundo está muito estranho. Viver ficou mais difícil. Não quero analisar economia, trânsito, violência, nada disso. Estou falando das relações interpessoais, da falta ou da frieza delas. Exemplo? O que você sabe sobre os seus vizinhos? Quem são as pessoas que moram no mesmo prédio que você ? O que sabe sobre elas, os vizinhos com quem você desce junto no elevador do seu prédio e no máximo esboça aquele sorriso amarelo no rosto, e quando surge alguma "assunto" é sempre o tempo bom ou ruim? Talvez você até saiba o nome de algum deles, ou de sua família inteira, e só. O que você não sabe e nunca saberá é que talvez aquele estranho tenha sido seu colega na época do grupo escolar, o garoto de óculos que sentava no fundo e que tirava as melhores notas. Ou até mesmo o cara que na festa de formatura te livrou da briga em que você tomaria a maior surra da sua vida por causa de uma "mina" nos bons tempos de juventude. Porém, estamos robotizados de tal forma, que a programação nos impede de parar de repassar mentalmente a rotina do dia. Assim quando a porta do elevador se abre, só um aceno com a cabeça sinaliza uma despedida e então cada um vai para o seu lado seguindo seu rumo e a roda-viva do cotidiano predomina. Não há espaço para conversas relaxadas num boteco com velhos amigos, a não ser que seja para fechar um negócio ou impressionar um cliente. Quando isso acontece (de forma despretenciosa), causa tamanho furor que transforma-se num acontecimento do mês (ou ano para alguns). Vira uma válvula de escape tão grande que todos acabam soltando seus monstros do dia a dia (o que é natural), já que aquilo se torna um "momento só seu". Sabe por que? Vivemos hoje atrás de uma coisa que não existe e portanto nunca a alcançaremos. Nossos sonhos foram escondidos, esquecidos num baú e os deixamos lá para ir em busca da felicidade que se compra. Repararam que as pessoas que tomam ciência da proximidade da própria morte e que ainda dispõem de algum tempo de vida decidem realizar a maioria dos seus sonhos? Saem da zona de conforto e deixam transformar em realidade seus desejos com tamanha intensidade, que aquele tempo que ainda lhes resta torna-se algo mais fantástico e perfeito do que foi sua vida inteira. Tudo é uma questão de perspectiva e da consciência do que se tem e do que se vai perder. Não precisamos esperar por isso para viver nossos sonhos. Ampliar o olhar da percepção sobre a vida é uma maneira bonita de ver o mundo de pontos de vista diferentes e se deliciar. É como ver o o mundo com os olhos de uma criança, sem os pudores de se preocupar que devemos nos privar de coisas simples porque somos grandes demais para fazer aquilo.
"Prefiro o risco do cárcere ao risco do manicômio. Prefiro acreditar demais, sem fanatismo ou intolerância, a ter pouco fé. Se vou viver, quero ter uma vida maravilhosa, louca e complicada e não correr o risco oposto de vê-la menor e mais simples do que a minha imaginação."
"Prefiro o risco do cárcere ao risco do manicômio. Prefiro acreditar demais, sem fanatismo ou intolerância, a ter pouco fé. Se vou viver, quero ter uma vida maravilhosa, louca e complicada e não correr o risco oposto de vê-la menor e mais simples do que a minha imaginação."
Que se fodam as pessoas obtusas, chatas e sem sonhos.
A culpa é de vocês!
A culpa é de vocês!
... Viva!!!
ResponderExcluirParece incrível como pensamentos se cruzam e se interpõem, como se juntos fossem pensados.
Que bom seria poder viver em Neverland, e poder ter todas as manhãs como aquelas antigas manhãs da nossa juventude. Mas o tempo, infelizmente é cruel e não para nunca.
Quanto ao primeiro comentário aqui, quem sabe um texto escrito e escondido nos caminhos dessa www, não te faça entender e concordar que cabeças, ainda que distantes, quando iguais, pensam cada uma a sua maneira sobre os grandes mistérios da vida.
Bjs.
Etienne