BEIJANDO SAPOS
Quantos erros, quantos acertos,
por desejar um príncipe em meu leito.
Deixar o amor crescer no peito,
e num passe de mágica,
palavras doces saem ácidas
por uma enorme boca,
num coaxar em grego.
(apaixonar-se por um batráquio,
isso é demais, não tem jeito).
Amor impossível, esse de estória,
ter paixão por comedor de insetos
e fazer disso glória.
Virar princesa abandonada
com cara de idiota e assustada
pelo inesperado desfecho.
Se eu soubesse que assim seria,
teria poupado meus beijos.
(A vida é um enorme brejo)
in "Sob o signo das Águas" de Electra N. Barbabela
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