Gaijin

Meu irmão (5) e eu (2). Eu só saí na foto porque ele me deixou segurar o livro que ele ganhou de presente da escola na formatura do Jardim de Infância.



A placa mais antiga da rua, com propaganda de Mate Couro e tudo. (Detalhe no design da garrafinha).

Dia bonito, sol preguiçoso, tempo frio. O recolhimento do meu trem de pouso é sinal de que preciso voar, voltar pra casa. Como as tartarugas que sabem aonde enterram seus ovos sempre nas mesmas praias, como os patos voam para o sul, preciso buscar minha fonte vital nas minhas origens. Ligo para a "Dasdô" e o Chei confirma o que eu temia: ela já havia viajado há cinco dias. Com o coração apertado, atacado de saudade e nostalgia vou para a João Martins, aquela rua com jeito de cidade do interior. Sr. Jardel está no portão, em frente aquele jardim cheio de rosas, hortências e uma variedade de florzinhas coloridas que nem sei o nome. Adentro o portão, deixando meu banzo do lado de fora, lembrando o quanto fui feliz naquele lugar. Passei uma tarde deliciosa, rí muito, me emocionei (sem pieguice) e sentí-me de alma lavada. Não pude deixar de me lembrar do meu pai, minha mãe e Dona Ré.. (tudo bem que deixei o choro em casa debaixo do chuveiro antes de ir para o Jaraguá...rs).
Mas foi com papos divertidos, boas e despretenciosas risadas que o tempo passou sem que percebêssemos. Foi uma tarde maravilhosa, em meio a pessoas que amo e revigorada, me remetem às minhas raízes. Mas como tudo que é bom dura pouco, hora de partir, levantar vôo e voltar a ser uma Gaijin (estrangeira). A diferença é que volto diferente, talvez pronta pra encarar o que der e vier.

Comentários

Postagens mais visitadas