Não, é o que não pode ser!

No meu último aniversário ganhei um livro muito lindo e divertido sobre "Prncesas esquecidas". O livro fala sobre princesas das quais ninguém nunca ouviu falar, de palácios e histórias absurdas e engraçadíssimas. Junto com o livro veio um livro menor,  com as folhas em branco, com os seguintes dizeres: "Diário de uma princesa".  Nele, eu devo (ou deveria) escrever minha história. Mas o que me me chamou mais atenção nisso tudo, foi que no início desse pequeno diário, tem uma espécie de ficha a ser preenchida, como, "Princesa de que"? Data da sua coroação; Seu Reino; Seu príncipe, etc.
Por mais sonhadora, viajandona, plutoniana e lúdica que eu seja, eu nunca me imaginei e nem me ví princesa. E o tal do reino? Confesso que rolou uma sensação de "eu queria ser uma Barbie e não ficar refletindo sobre isso", mas sentí-me incomodada por um curto espaço de tempo.
Ontem, enquanto meu cabelo recebia tinta roxa em algumas mechas eu pensei: por que não? Não preciso ser princesa. Sou uma Sioux de Tarantino, uma índia branca de cabelos roxos. Olha que legal! Ele, Tarantino, criou um apache loiro, dos que tiram escalpo, de olhos verdes, com a expressão e fala de Don Corleone,  de "O Poderoso Chefão", para liderar um grupo de deliquentes anti-nazistas no filme "Bastardos Inglórios". Já fui Una chica de Almodóvar. Quero ser Uma Sioux de Tarantino.

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