Anjo caído
As costas doíam,
o dorso latejava.
Sentia-me velha, entregue, desvalida.
Será, meu Deus, que é o peso de minha vida?
ou andei carregando fardos
que a mim não pertenciam?
Renego se isso for o encosto,
que, sem querer há muito eu atraía.
Perdí-me em pensamentos,
elucubrando
a razão do sofrimento
que me afligia.
Dei-me conta de que eram asas
que estavam brotando
da dor aguda que
de minha costas saía.
Entendí então os porquês
que me rondavam.
Estava morrendo,
e não sabia.
(O cansaço é muito grande)
Electra N. Barbabela
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