A mão que afaga é a mesma que apedreja


A frase título do post de hoje faz parte de um poema de Augusto dos Anjos. Poeta esse que para alguns, tinha uma visão bastante sombria da vida. Algumas de suas frases são tão acertivas que me pergunto: - a dureza da realidade muitas vezes pode soar desoladora? Acredito que sim. Ultimamente tenho pensado muito, como num turbilhão de informações processando ao mesmo tempo (até demais para o meu gosto). Infelizmente não conseguí achar um tipo de botão on/off para instalar na minha cabeça para desligar os pensamentos e com isso a enxurrada deles, ora bons, ora estranhos, ora idiotas, misturam-se aos afazeres do meu dia-a-dia. Haja coração para aguentar tanta turbulência, tanto desequilíbrio de chacras, de doses de serotoninas e consequentemente, do humor alheio. Sim, porque ninguém aguenta. Se nem eu mesma aguento.Vivo meu mundo estranho dentro de um universo mais do que estranho. Tenho visto pessoas "normais" transformarem-se em coisas horríveis. E eu, euzinha, tenho que vestir minha carcaça de "fodona do bairro Peixoto" e ir lá consertar o que quebraram. Que droga! Como posso cobrar postura normal das pessoas ao meu redor se meu humor parece desenhado numa linha de eletrocardiograma? Como posso ser a ponderada em meio à pessoas emocionalmente instáveis se eu não dou conta nem de mim?  Será que faço terapia para aguentar a neura do outro? Se for isso, acho que eu deveria mandar a conta para o responsável pagar. É justo. Não nasci com vocação para Madre Tereza de Calcutá e só sei que estou a ponto de explodir. A pressão é enorme e sinceramente, não sei o que vai sobrar caso eu vá pelos ares. 

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