Por que é tão difícil mudar?


Um novo ano começou. Para uns, fazer uma lista de pelo menos dez mudanças em algum ponto em sua vida dentro do novo ano tem que ser feita.
Juro que já fiz isso, umas duas vezes, mas não deu certo. Primeiro porque com o decorrer dos meses, acabei deixando de lado objetivos que achava que seriam "fáceis" ou não tão importantes da tal lista e numa espécie de auto sabotagem, substitui por metas novas. De preferência já conquistadas, claro.
Segundo, porque há coisas para as quais não nascemos ou passaremos a vida inteira lutando contra a nossa natureza. Mudar o jeito de agir é dificil.
Sou introspectiva (ponto). Posso estar falante, (diferente de ser falante), alegre, divertindo-me horrores, mesmo que de um jeito meio particular. Apesar de apresentar uma atitude mais solta, não abandono minha origem, pois sei da necessidade de convivência e da importância de não ser uma ilha.
Mudar o jeito de administrar nossos medos e frustrações é difícil.
Tenho como exemplo um medo idiota, mas simbólico. Passei a vida inteira com asco, nojo, com um medo descomunal daquela criatura sinistra chamada barata. Até que um belo dia decidi que era um absurdo um ser daquele tamanho me tirar do sério e matei uma. Foi épico. (A história da barata). Desde então virei uma exterminadora de baratas. Na rua, em casa, em qualquer lugar, eu liquidava todas e com isso meu medo desapareceu. Até que no fatídico dia 29/12/2013 uma barata voadora adentrou o meu quarto num vôo acelerado. Na mesma velocidade com que ela entrou pela janela, eu pulei da minha cama e saí correndo pelo corredor.  Afinal, barata voadora é outra categoria, né? Minha natureza falou mais forte e eu voltei as origens.
Assumir o controle da própria vida parece simples mas é desafiador. Somos movidos por um impulso que se não for contínuo, nos transforma em coadjuvantes de nós mesmos. Queremos ser magras, lindas, bem sucedidas, saudáveis e o que não nos deixa ir em frente?  Será que não deixamos de ouvir nossa voz inteirior ecoando o que nós já sabemos de cor? Não é uma boa malha e uma ótima academia que vai nos transformar. É você. Sou eu. Não depende de mais ninguém.
Por isso, esteiras de corrida viram ótimos cabides, donos de academia ganham dinheiro com mensalidades de alunos que nunca aparecem e os brechós estão cada vez mais em alta. Afinal, eu não poderia esquecer as roupas que só ficam lindas no nosso corpo dentro da loja, diante daquele espelho e sob o bombardeio de elogios e massagem no ego vindo da(s) vendora(s). TODA mulher usa menos roupa que o seu armário. Isso é fato. E pode apostar que essa é uma das promessas que entram na tal lista. Ser mais racional e menos consumista,
Enfim, o que quero finalmente dizer é que aqui mesmo, no blog, no inicio do ano de 2013 eu havia me proposto a fazer um post por dia...ai, ai. Sem comentários.
Que 2014 seja um ano de menos promessas e mais atitudes. Mãos à obra!

Comentários

  1. Sensacional, parabéns... Saudades dos seus posts (tenho passado pouco por aqui, mas não vou prometer passar mais vezes para não ser uma dessas "promessas de réveillon"...
    E, principalmente... SAUDADES ENORMES DE VOCÊ, Amiga Borboleta!!!
    Apareço qualquer dia desses, quando menos esperar...
    Um excelentíssimo 2014 para você e toda família.
    Beijos.

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    1. Ei Onça, que bom que gostou. Saudades de você também, afinal há tempos não nos encontramos. Um excelente 2014 pra você, repleto de realizações e muita poesia. Beijo grande!

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